Paulo Freire, Kosovo e Ciência Cidadã

No Nexo Jornal, semana passada:

Como Paulo Freire inspira ‘cientistas cidadãos’ em Kosovo

Em meio a um cenário poluído e corrupto, jovens insatisfeitos aplicam pedagogia crítica para fiscalizar o poder público

Poluição, desemprego, corrupção e uma população extremamente jovem - a mais jovem do planeta: essa combinação de fatores fez emergir uma nova geração de “cientistas cidadãos” em Kosovo, país que se declarou independente da Sérvia em 2008, depois de uma dura guerra. A inspiração deles? O educador brasileiro Paulo Freire.

O projeto Science for Change, criado em 2014, parte de uma premissa conhecida como “ciência cidadã”, que permite a qualquer um fazer ciência. "É semelhante à ideia de jornalismo cidadão: quando as pessoas estão nos lugares certos com as ferramentas certas, elas podem colaborar. Foi assim na Primavera Árabe, onde diversas pessoas podiam ajudar enviando informações pela internet”, diz Ron Salaj, 29 anos, um dos líderes do grupo.

O empreendimento surgiu para monitorar índices de poluição em Kosovo: o país é considerado um dos países mais poluídos da Europa. Segundo um relatório do Banco Mundial, todos os anos a contaminação no país causa 835 mortes prematuras, 310 novos casos de bronquite crônica e 600 internações em hospitais.

Seus colaboradores - cientistas, engenheiros, designers, jornalistas - receberam kits com sensores e ferramentas para monitorar a qualidade do ar e os distribuíram para cidadãos comuns, que saíram medindo os níveis poluição nas regiões de Pristina, Drenas e Plementina.

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